sábado, 18 de outubro de 2008

100 horas de perdição

Vimos pela semana um seqüestro diferente, onde o seqüestrador atendia até telefonemas da imprensa e fazia declarações de amor a refém, "Um jovem apaixonado pode fazer loucuras!"- disse uma vez a professora de filosofia. 
Tanta paixão deveria ser jogada fora assim? O sentir-se apaixonado é tão bom, é sentir esperanças para um futuro próximo amor. Porém tem uma palavrinha que se torna mágica até as crianças aprendem mais rápido -Não- essa palavra faz nosso chão tremer, nossa cabeça girar e o teto desabar sobre o nosso corpo, você se vê sem a pessoa amada, sem base, sobe estresse, tristeza e ódio, três ingrediente básicos para o desastre.
O mais triste para mim foi ver que o sequestrador deu tiro nas duas reféns (a ex e a amiga), e foi apenas preso. Mal sabe ele, que a pessoa que disse amar, pode morrer por causa dele, imaginem sofrer por ter matado dolosamente a amada!
Trágico!
Talvez pena de morte seria o mais justo neste caso, porém a maior tristeza na vida dele vai ser saber que matou a pessoa por quem era apaixonado e a nomeou como perfeita.
Há muito tempo não vejo um drama tão barroco ou arcadista, botando a mulher como uma criatura perfeita, isso daria um bom livro, se alguém escrever me procure que eu compro!
Quem sabe podem ser esses títulos: Unidos até a morte, Como prender a amada, A volta do Barroco no Brasil, Perfeição à prova de balas.
Sei lá, esses são apenas uns exemplos...
Esse Brasil tá louco!

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